segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Nadador alemão morre em Paraty - Até quando seremos desrespeitados ?


Gostaria muito de começar o ano de 2009 com uma notícia amena,mas um fato dessa gravidade me impediu:

A morte do nadador e empresário alemão Christian Wolffer,69 anos,que morreu atropelado por uma embarcação na tarde do dia 31 de dezembro quando nadava no Saco de Mamanguá em Paraty/RJ.

O delegado Alessandro Petralanda, da 167°DP (Paraty),disse: "A princípio foi imprudência de quem estava na embarcação porque estava muito próximo a costa e acabou atropelando uma pessoa que estava se banhando. Se identificado, vai ser indiciado em homicídio culposo, seguido de omissão de socorro".

Em nota oficial, a Agência da Capitania dos Portos em Paraty informou que, freqüentemente, tem realizado inspeções navais nas proximidades das praias, coibindo rigorosamente o uso de embarcações motorizadas na faixa de 200 metros, exclusiva para banhistas. A previsão de conclusão do inquérito é de até 90 dias.

Quantos de nós, nadadores de águas abertas,já não nos deparamos com jet-skis, botes motorizados ou até mesmo grandes lanchas a menos de 200 metros da areia?E o que é pior: Correndo e fazendo manobras radicais...Este tipo de comportamento é inadmissível!!! Os nadadores e banhistas ficam completamente expostos a riscos completamente desnecessários...

Sugiro que reflitamos sobre o fato e nos organizemos para fazermos um protesto contra este tipo de infração que acaba por matar, aleijar e,por consequência, desestimular o desenvolvimento do nosso esporte.

Um abraço a todos e Feliz 2009!

2 comentários:

  1. Se há uma norma formalizada vedando o trânsito de embarcações e afins até 200 m da praia, punição p/ quem a desrespeitou e acabou tirando a vida do empresário alemão, caso as investigações conduzam a essa conclusão.

    Por outro lado, discuto a abrangência da norma EM SE TRATANDO de balneários tropicais tal como o é Paraty e outros tantos, no Brasil (Búzios, Angra, Ilhabela etc) ou fora dele (Ibiza, Costa Amalfitana, Bali etc). São locais c/ alto potencial turístico q será tão mais explorado qto mais os endinheirados puderem manobrar seus jet-skis e ostentar seus iates próximos a praia ... afinal, há mais de 200m da praia, não verão e não serão vistos por ninguém facilmente! Ademais, os balneários em questão normalmente possuem praias cercadas por “braços” de terra c/ águas calmas; as poucas ondulações ocorrem próximas a praia. Sem elas, os pilotos de jet-skis, entre outros, se sentiriam como surfistas numa lagoa!

    Dessa forma, o nado preconizado pelo blog torna-se inviável em águas tão específicas. Nelas pode-se mergulhar, boiar, namorar, brincar etc p/ o que 20 m seriam mais que suficientes. É justamente dessa discriminação que a norma carece.

    Aos praticantes brasileiros, restaria como CONSOLO os 8 mil km de praias do país em sua esmagadora maioria mais apropriadas ao nado em águas abertas, seja qual for a distância da praia. Entre elas, há inclusive muitas famosas e urbanas tais como as praias de Copacabana, Ipanema ou Barra no RJ.

    Trata-se de uma opinião imparcial a respeito do tema já que não pratico o nado em águas abertas nem tampouco utilizo jet-skis, lanchas etc

    Leonardo Patitucci.

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  2. No Brasil, o trânsito no mar sofre os mesmos problemas do trânsito rodoviário: imprudência, irresponsabilidade e desrespeito.
    Existem regras (que, aliás seguem normas internacionais) mas elas não são cumpridas. Também no mar impera o "jetinho", o bundalelê. Na época de Revellion então, nem se fala. Lembro que não só os nadadores são vítimas destes crimes. Nosso campeão olímpico, Lars Grael, teve a carreira prejudicada por um acidente náutico que custou uma amputação. O "piloto" estava bêbado... no mar como na terra vale amesma regra: direção e bebida não combinam.

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